Felizmente, estamos numa era em que se está a explorar muito o auto-conhecimento, a introspeção, a importância do amor, a mudança… E felizmente também, existem cada vez mais pessoas, dedicadas a esta busca e ao recolhimento.
Quando me debruço sobre este tema penso para mim “será a palavra mudança a mais apropriada? Estaremos de facto a mudar? Ou estaremos nós a Renas-Ser? Acabam por ser significados diferentes, se de facto, nos debruçarmos sobre eles.
Quando nos tornamos conscientes da nossa essência, dos seus pedidos, dos seus anseios, dos seus sonhos, estamos nós a mudar, ou estamos antes, a regressar à nossa forma natural? À nossa essência? À nossa “casa”? Por que na verdade existe o relembrar do nosso Ser no seu estado mais puro, e portanto, isso não é mudar é antes renas-Ser
E regressar a casa, à nossa verdadeira natureza, nada tem a ver com uma busca ilusória pela felicidade, não se trata de uma fantasia – trata-se de uma sede doce de quem tem dentro de si a memória bonita, de quem realmente é! Trata-se de querer tocar no nosso lado mais puro,trata-se de saber parar para fazer uma pergunta fundamental – QUEM SOU EU? O QUE FAÇO AQUI? Depois destas questões surgem outras mais como: quando olho para mim o que vejo? O que é que realmente tem valor para mim? O que é me realiza? Me satisfaz?
E é quando temos esta capacidade de parar em nós, que os encontros mágicos com a nossa alma acontecem, e nesses encontros, passamos a compreender que não há mudança, há sim um recordar da essência original que habita em cada um de nós; há um despertar para essa essência divina, há um renas-Ser para algo que sempre “esteve ali” à nossa disposição, à espera de ser ouvido, de ser visto, de ser tocado…De ser sentido…
Parar para entrar na minha verdadeira natureza, parar para escutar, para observar o meu próprio eu, não é de todo uma mudança, é antes uma lembrança de quem sou eu…Afinal quem era esse eu em criança? Como me comportava quando não tinha medos? Impedia-me de falar? Ou era espontâneo(a) e livre? Como se expressava a minha essência numa altura em que não existiam ainda, os pesos das formatações e moldagens?
Renas-Ser é um ato de coragem e de libertação, é não ter medo de nascer de novo, é a liberdade de viver de acordo com quem se É e não com o que outros esperam que sejamos, é a leveza de viver sem “papéis” que representamos para agradar ao mundo exterior, mas que nos afastam da nossa preciosa autenticidade. É a capacidade de dizer não quando o coração nos pede esse não, é a capacidade de dizer sim, quando é um verdadeiro sim, é a capacidade de seguir caminhos em que ninguém acredita, mas que a nossa essência grita “É POR ALI! VAI, NÃO TENHAS MEDO!!!”
Renas-Ser não implica que tenhamos que ser felizes a toda a hora, implica antes, que sejamos verdadeiros e reais…a felicidade é uma consequência das nossas escolhas diárias… Renas-Ser implica que tenhamos a “ousadia” de ser honestos com a verdade que vibra nos nossos corações, é a ousadia de retirar camadas e de nos sentirmos bem e completos na nossa pele, sem acessórios, sem fatos, apenas despidos e leves, por caminharmos de acordo com a nossa natureza e com o que ela nos pede.
Hoje, que te encontras a ler este texto, eu peço-te, para uns minutos do teu dia, e nesse precioso tempo pergunta - QUEM SOU EU?
E mesmo que surjam dúvidas ou medos, não fujas, fica contigo…Fica com quem és AGORA, mas aprecia esse Ser, ouve esse Ser, toca nesse Ser. Depois, permite-te a mais uma questão – O QUE POSSO FAZER POR MIM HOJE?
O que podes fazer por ti hoje? Venha a resposta que vier, faz o que tens a fazer por ti, lembrando-te que em mais um dia que nasce, tu podes igualmente renas-Ser… Deixa os raios do teu sol brilhar, sem restrições …permite-te relembrar quem és tu, o que fazes aqui, para onde queres ir…Só precisas assumir essa verdade divina que vibra dentro de ti, para te recordares da tua verdadeira e preciosa natureza!
Bom dia e boa “dieta”.
Minha querida Rute. Tão importantes as tuas palavras. tão verdadeiras e puras. Realmente quando paramos todo o mundo se abre á nossa volta. Quando paramos conseguimos ver com clareza o caminho que precisamos seguir. Como li num post do Rafael Ranif uma pergunta...Como queres ser lembrado quando morreres? esta pergunta teve um impacto enorme em mim....quando refleti sobre ela as lagrimas corriam me pelo rosto...eu nao estava a seguir os meus ideais...os meus sonhos...a minha missão de vida...eu estava adormecida...Mas graças a Deus estamos sempre a tempo de REnascer...e a partir de dia 12 de novembro de 2020, quando acabou o meu isolamento profilatico de 14 dias.. eu renasci..e todos os dias da minha vida agradeço a Deus e ao…